terça-feira, 25 de novembro de 2008

Caminhada Punk e meu encontro comigo mesmo

É difícil definir identidade. Na verdade, pra mim, sempre foi difícil definir algo assim. É como se eu fosse, ao mesmo tempo, David Bowie, Lewis Carroll, Paulo Freire e Eu mesmo ao mesmo tempo - se é que eu consegui ser claro... Essa minha caminhada durou muito...muito tempo. Talvez dure até hoje...


Entretanto, nesse caminho, encontramos referenciais, histórias que impressionam, que despertam, que desiludem - ou iludem - a forma de pensar. E, de alguma forma, alguma dessas coisas que nos param na trajetória, já nos era familiar, já imergia do âmago do ser e se manifestava de maneira mutante.


Certa vez, li numa matéria o Ariel, do Invasores de Cérebro, dizer que ele e seus companheiros já eram punks antes de conhecer o movimento. A única coisa que fizeram depois foi cortar os cabelos e apertar as calças.


Descobri que eu fazia uma caminhada que me levava ao encontro de OUTRA. Que era meu dever encontrar alguma coisa perdida no meio de uma massa ideológica confusa, algo que me dissesse "faça você mesmo". É o que estou tentanto FAZER. Um certo dia, encotrei algo que vai além da música que já estava me deixando surdo. Encontrei a convergência do que eu pensava, voltada para um sentimento de busca de uma revoluçao sua para algo maior. Sei lá, meio Gramsci, talvez - me desculpem essa clareza, mas as revoluções são construídas de várias formas, uma delas, acredito, é gramscianamente. A mudança que eu acreditava era possível! É possível.


Existe uma caminhada punk. Não sou o mestre desse pensamento. Existe uma raiva, a revolta e a vontade de fazer acontecer. Minha via é a educação. Que libertará, com certeza. E punks se espalham pelo mundo, pela vida, lutando pelo que acreditam levar a mudança - independente de qualquer divergência de pensamento!


Estou nessa caminhada. Um caminho claro para mim! A mudança está ali. Vou suar para fazê-la girar, para acontecer. Não bradarão meu nome, não é essa a intenção. O que move meus pés é a certeza de que estou fazendo a coisa CERTA. Que a raiva vai além do que arde no peito. Que ela move como combustível esse veículo revolucionário que é - ou deveria ser - o HOMEM. A inteligência a serviço da luta. Seja ela armada de metal ou de palavras, de ódio ou de amor!

Me juntei. Existe a CONTRACULTURA! Há vida, sangue e amor. E música também!!!
Dica barulhenta: que Ramones que nada. Começe ouvindo GBH e "pogueie" até não poder mais!!!